quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Relendo Pierre Bourdieu em: O amor pela arte

Este livro foi indicado para leitura, se não me engano no semestre passado. Confesso que minha memória nunca foi boa, justamente por isto comecei a reler "O amor pela arte" de Pierre Bourdieu.
Ele relata em seu livro uma grande pesquisa sobre o público que frequenta museus de arte na Europa.
Fico imaginando se também fosse feita paralelamente a esta pesquisa, perguntas sobre experiências pedagógicas realizadas nestes museus de arte.
Se foram desde a infância, o que foi trabalhado neste espaço abordando os assuntos ali apresentados. Adultos que pela primeira vez estiveram naquele museu, que materiais gráficos levaram, se havia material gráfico e se entenderam, codificaram as obras expostas.
O que foi contruido pelo museu para auxiliar o público que não está habituado a "ler" os símbolos sacralizados no ambiente expositivo?
É claro que o público europeu é diferente do brasileiro, culturas diferentes, realidades diferentes, contextos diferentes , mas esta não apropriação destas linguagens artísticas acontem em vários países.
Talvez se houvesse uma competição no âmbito cultural de ações voltadas para educação não formal, uma espécie de grammy para instituições que demonstrassem projetos educacionais envolvidos com arte, fossem contemplados econômicamente, como um edital, sairiam ganhando o público e a instituição realizadora.

Quem sabe futuramente "o amor pela arte" seja vivido e sentido por um grupo maior de pessoas...

Maria de Lourdes Parreiras Horta em : Fundamentos da educação patrimonial

Durante o seminário sobre "Educação Patrimonial" que aconteceu na UFRGS nos dias 03 e 04 de novembro, o nome de "Maria de Lourdes" foi muitas vezes mencionado. Como falar sobre Educação Patrimonial e não reverênciá-la?
Relendo este texto, da autora, conseguimos entender com muita nitidez o que significa patrimônio cultural e de que maneira os educadores podem se valer deste apêndice cultural para trabalharem em sala de aula ou em museus, institutos culturais os valores que uma determinada sociedade agrega aos seus símbolos, signos culturais.
Utilizando como um ponto de partida os bens culturais para se trabalhar a memória coletiva.
A educação patrimonial faz uma ponte, um elo entre o conhecimento daquela sociedade ou comparando com outras para reforçar uma identidade local, um sentimento de pertencimento de um grupo que possui valores em comum.
No texto de Maria de Lourdes gosto muito deste parágrafo onde ela cita Paulo Freire:

" A Educação Patrimonial pode ser, como propõe Paulo Freire em seu método educacional, um instrumento-chave para a leitura do mundo e para a comunicação com o Outro."



quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Gabriela Aidar em: Museus e inclusão social

Quando inicie esta disciplina não fazia ideia da imensidão de assuntos envolvidos sobre a "ação educativa". A grandiosidade de sua prática e de como é delicado este universo, que realmente percebo não ser para todos.
Como aluna de museologia participei, timidamente de algumas ações envolvidas nesta área e só agora tenho uma maior percepção deste mundo educativo.
Lendo este texto, vi claramente atividades desenvolvidas no Museu da Lomba, onde tive a oportunidade de praticar a museologia. Local situado em uma das periferias da capital é onde me centrei no curso.
Lá entendi a riqueza do patrimônio imaterial que se materializa através dos trabalhos desenvolvidos neste museu, naquela comunidade.
Criticar o que não temos vivência, ou experiência, não sei bem o termo correto, é algo fácil de se fazer. Difícil é ter um envolvimento em projetos que não possuem verba nenhuma, difícil é ter a responsabilidade de transformar os relatos, sentimentos de pessoas em algo musealizável, comunicável para outras pessoas que nem imaginam realidades tão opostas as suas.
   

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Nei Matogrosso / Patrimônio Cultural

Memória, passado, infância, sim, Nei Matogrosso faz parte da minha vida.
Pensando nas primeiras músicas que ouvia dele na década de 80, lembrei desta "Bandoleiro".
Então compartilho com os colegas este momento revival e faço uma homenagem a colega Mariana Bortoletti aos Ciganos.
Espero que quem veja lembre " recordar é viver" e quem não conheçe, se divirta.

http://www.youtube.com/watch?v=mUIw7IBC8TA

Museulofando na disciplina Educação Patrimonial

Este blog foi idealizado como uma das atividades propostas para a disciplina “Educação Patrimonial”  do curso de Museologia da UFRGS.

Após algumas aulas, dois textos foram lidos e discutidos por nós, alunos  que expomos as experiências que tivemos na área de educação patrimonial. Alguns colegas são professores, mediadores e outros opinaram a partir de situações vividas em ambientes culturais relacionados a este assunto.
No último encontro conclui que “educar” é algo difícil, muito sério e poucos sabem conjugar este verbo, esta arte que é ser um bom educador. Educar pelo dicionário significa promover a educação de alguém, ou sua própria educação, instruir-se.
Mas como ser um bom educador? Vocação?  Se educar para ser um educador?
Um dos textos discutidos foi “A danação do objeto” de Francisco Régis Lopes Ramos, ele escreve sobre o papel dos museus no processo educativo.
 O que se comunica, quem decide o que  comunicar e de que maneira é feita esta comunicação. E também pra quem se comunica?
Aparece neste texto algumas citações de outros autores, como Paulo Freire entre outros.
Fala da relação entre museu, escola, educadores, da importância de incluir o museu no currículo escolar fazendo deste um  espaço de aprendizagem de conteúdos interdisciplinares.
 Francisco fala sobre o “objeto gerador” como fonte de conhecimento, inspirado pela “palavra geradora” de Paulo Freire. 
Depois dos debates feitos em aula, com este texto e do Ulpiano Bezerra de Menezes (Educação em museus: sedução, riscos e ilusões) me dei conta da importância da problematização que o museu tem que gerar, ao contrário do simples ato de informar.
 Na exposição, como diz no texto do Francisco Régis Lopes Ramos “é o objeto locado, deslocado e colocado”
 A forma pela qual é pensada uma exposição, toda a preocupação em não apenas informar mas  gerar um estranhamento no público, desenvolver um projeto que contemple a educação neste espaço, a pesquisa anterior a comunicação externa, o olhar sem restringir, incluindo atitudes voltadas para a acessibilidade, nossa, muitos fazeres e pensares ...
São desafios que teremos que enfrentar ...